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quinta-feira, 19 de março de 2015

Pai.. meu grande companheiro!

Para falar de ti Pai, hoje encontrei num poema de Mário Quintana a tua verdadeira essência e que consiste no seguinte:

As tuas mãos tem grossas veias como cordas azuis 
Sobre um fundo de manchas já cor de terra 
Como são belas as tuas mãos 
Pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram 
Na nobre cólera dos justos 
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai 
Essa beleza que se chama simplesmente vida 
E, ao entardecer, quando elas repousam 
Nos braços da tua cadeira predileta 
Uma luz parece vir de dentro dela 
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente 
Vieste alimentando na terrível solidão do mundo 
Como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento 
Ah, Como os fizeste arder, fulgir 
Com o milagre das tuas mãos 
E é, ainda, a vida 
Que transfigura das tuas mãos 
Essa chama de vida, que transcende a própria vida 
E que os anjos, um dia, chamarão de alma...

Amo-te meu Pai


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